Coluna n° 17

Arte: Guto Delfino

Foto: Frederico Tadeu/Avaí F.C.

Saudações azurras. 

“Adversário Difícil e a Vitória
A primeira noite de outono chegou e o torcedor avaiano estava novamente na sua segunda casa, a Ressacada, para mais uma partida, agora contra o centenário Marcílio Dias. O vento “suli” deu as caras, recepcionando a todos que chegavam já com o casaco a tiracolo.
O jogo iniciou e já teve gol do Avaí. Jogada pelo setor direito de ataque e João Paulo cruza rasteiro para a chegada, já dentro da área de Daniel Amorim, que escorou de primeira, para o fundo das redes.
Com o gol cedo, o Avaí já não precisava mais forçar as tentativas, usando mais o contra ataque, nos espaços que o Marcílio deixava, pois teve que mudar os planos. O adversário tentava, mas esbarrava numa defesa azurra bem postada e não dando espaço para a criação de chances marcilista, que girava o jogo, mas sem conseguir entrar no sistema defensivo do Avaí. O Avaí roubou algumas bolas para sair rápido e pegar o time do Marcílio mal postado, mas a escola da ”última bola” não foi a melhor.
Já no segundo tempo, o Marcílio veio disposto a mudar o resultado, sempre com o bom Luanderson dando as cartas no meio campo. E o Avaí posicionado um pouco mais atrás, para sair em velocidade.
Vou destacar aqui que, o Marcílio foi o time visitante que melhor futebol mostrou na Ressacada esse ano. Muito organizado, sem chutão, colocando a bola no chão, que tenta jogar.
O Avaí com um meio campo diferente, mais técnico e com o Pedro Castro de primeiro volante, ainda se adaptando, Moritz e Luan Pereira para uma saída de bola com mais qualidade. Na frente João Paulo, Daniel Amorim e Getúlio. Um bom time para espelhar o time adversário.
Aos 11 minutos do segundo tempo, depois, após uma pressão do Marcílio, aproveitando que o Avaí estava com um jogador a menos, pois Betão estava sendo atendido fora das quatro linhas, aconteceu um cruzamento que parecia despretensioso, mas a bola caiu praticamente em cima da trave e depois na cabeça do atacante Roni, que seria substituído na seqüência.
E o técnico Geninho como a mudar a equipe, deixando mais ofensiva e com gás novo. Yuri no lugar do Juninho, Brizuela entrou e saiu André Moritz e por último, já com o placar favorável, entrou Ricardo, para a saída do Luan Pereira.
O empate não era bom para o Avaí, por isso o Geninho fez as mudanças, buscando ofensividade, e é claro, deixando espaços. Sempre se tem o risco. E o time foi premiado com o segundo gol, após o roubo de bola do Pedro Castro e o passe para Daniel Amorim, que emendou um belo chute de fora área, colocando no ângulo do goleiro adversário. O gol de um alívio e fez com que o Marcílio tivesse que sair em busca do empate, e dando margem do contra ataque. Num desses, o Leão da Ilha chegou aos números finais no placar. João recebeu a bola e deu o tempo certo para Brizuela se deslocar nas costas da zaga, receber lançamento, dominar e tocar, na saída do goleiro.
Daniel Amorim se isolou na artilharia da competição, com sete gols e é também o goleador principal da Copa do Brasil, com quatro gols. Numa fase excelente.
Tivemos um jogo bom, pois o Marcílio deu bastante trabalho e mostrou uma parte tática interessante, sempre tentando jogar com a bola no chão.
Na próxima rodada, já no domingo, ás 16 horas, o Avaí irá até o Sul do Estado, no Heriberto Hulse contra o Criciúma. Adversário que trouxe diretor de futebol, João Carlos Maringá e o técnico Gilson Kleina, além de contratações já visando à série B 2019. Também estão de olho na vaga para as semifinais do Estadual, ajudado pela derrota do Marcílio.
Alguns detalhes negativos: no segundo gol, um amigo foi atacado, deliberadamente, por comemorar perto da torcida adversária, com spray de pimenta, cassetete e empurrado arquibancada abaixo. Ainda bem que, ele está bem, diante do que aconteceu. Mas ficará em repouso, por duas semanas.
As pessoas saem de casa para torcer, encontrar amigos, desestressar e acaba sendo atingido não só fisicamente, mas na moral e no orgulho. Que o amigo Maurício se recupere desse incidente. Que seja tudo apurado, como deve ser. A sorte que não bateu com a cabeça. SORTE.
No terceiro gol, os jogadores foram comemorar perto da torcida e o spray de pimenta novamente entrou em ação. Essas ações intempestivas só tiram ainda mais torcedores dos estádios.
Um abraço a todos!

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